resenha
Na primeira parte da obra o autor fala das dificuldades do sociólogo em estabelecer distinções entre percepção e ciência, por conta da familiaridade com o universo social – sendo este, então, o seu maior obstáculo epistemológico. Propondo uma “ruptura” com essas pré-noções, ou seja, o sociólogo deve abster-se das opiniões previamente formadas, das noções do senso comum por uma noção científica.
As técnicas de ruptura para Bourdieu são: crítica lógica das noções, comprovação estatística das falsas evidências, contestação decisória e metódica das aparências. Propõem também uma ruptura com as teorias tradicionais para o progresso teórico.
Princípio da Não-Consciência: seria privilegiar as relações objetivas nas quais os indivíduos estão inseridos às representações que os indivíduos fazem de suas relações sociais. O sociólogo deve enxergar o seu objeto de pesquisa além das opiniões e intenções que este declara de si mesmo.
Críticas do livro
Crítica o Conceito de natureza humana, citando os preceitos de Marx, que proíbe eternizar, em uma natureza, o produto de uma história –, e o de Durkheim que exige que o social seja explicado pelo social e unicamente pelo social. Ou seja, é a crítica do uso de elementos de outras ciências, como a psicologia, para explicar os fatos sociais. Ele diz que se devem explicar os comportamentos da natureza humana através de como se deram as relações sociais, e não o contrário.
A questão da linguagem: Bourdieu critica o uso de palavras vulgarizadas ou que