Resenha

No livro “As pessoas em primeiro lugar: a ética do desenvolvimento e os problemas do mundo globalizado” (São Paulo, Companhia das Letras, 2010), co-autoria de Amartya Sen e Bernardo Kliksberg, este trata, em sua segunda parte, de “Os Desafios Éticos de um Continente Paradoxal”, isto é, da América Latina. Sen trata, na primeira parte, de “Temas-chave do Século XXI”.
Este novo livro do economista indiano ganhador do premio Nobel e que já foi apelidado de “a Madre Tereza da Economia” e do economista argentino, conhecido por seu trabalho sobre a pobreza e a desigualdade na América Latina propicia ao leitor esclarecer duvidas a respeito da desigualdade que afligem os países em desenvolvimento em varias dimensões.
O livro aplica a perspectiva do que trata como uma nova disciplina: a ética do desenvolvimento. Seu objetivo é resgatar a relação perdida entre Ética e Economia, e constitui um manifesto contra o gravíssimo problema de desigualdade dos países em desenvolvimento.
Ele aborda o problema central da exclusão em suas múltiplas manifestações: jovens desempregados e fora da escola, de crianças na rua, marginalização das populações indígenas e afro-americanas, violência urbana. A discussão ética se limita a eliminar a corrupção, não que o simples fato de não ser corrupto bastaria para mudar essa realidade.
Partindo deste pressuposto, é fundamental eliminar a corrupção isso seria o começo para resolver os problemas. Infelizmente nem todos praticam realmente o verdadeiro significado da ética, muitos pensam que um empresário porque paga seus impostos, um político que não rouba isso basta para ser uma pessoa ética, isso é um nível de deteriorização cultural muito grande. O mandamento “não furtarás” foi inscrito entre os Dez Mandamentos 3500 anos atrás isso é o dever de uma pessoa fazer, não ser ético.

Ele faz uso da ideia de exclusão como uma forma de privação, esta ideia tem se mostrado útil como ideia organizacional. Entretanto, alguns conceitos de injustiça se