Resenha Crítica

RESENHA CRÍTICA SOBRE O ARTIGO “A QUESTÃO DO MÉTODO NA PSICOLOGIA”

Para realizar uma pesquisa é necessário que se defina o projeto e, a partir disso, o método será implantado. Em psicologia, como em muitas outras áreas, a questão da escolha e definição do método é um assunto mistificado. Essa mistificação se dá a partir da busca incessante pelo melhor e mais ideal tipo de pesquisa, daí o embate entre pesquisas quantitativas e pesquisas qualitativas. É uma busca pela metodologia mais eficiente independentemente do projeto de pesquisa em questão e dos interesses do próprio pesquisador. Desse modo, é preciso então desmistificar essa questão do método. Além dessa reflexão, o autor Reinaldo Furlan nos traz que o método é provisório, ou seja, a pesquisa se situa historicamente, sendo assim, tanto a necessidade da pesquisa quanto do método que a acompanha são necessidades momentâneas daquela pesquisa. Então, o método passa a ser provisório, no sentido de que outros métodos podem ser utilizados se tratando de um mesmo assunto, de um mesmo projeto de pesquisa. Um posicionamento muito bem argumentado pelo autor é o fato de nomear o método como qualitativo ou quantitativo, pois não há como conceber uma coisa sem a outra. Realmente definir a melhor metodologia nesse sentido, é ignorar a interdependência que ambas apresentam e valorizar um único método. Se referindo a uma hipótese de interesse antropológico, por exemplo, dizer que os “homens civilizados” manuseariam melhor os utensílios do que os índios, ou vice-versa, não aprofunda nenhum conhecimento real e, ainda, reproduz inverdades que podem até se tornarem tabus se forem assuntos de cunho social. A reprodução de alguma informação, substanciada por um método, seja ele majoritariamente quantitativo ou qualitativo, não nos dá certeza alguma de que um novo conhecimento está sendo produzido. É preciso que o método traga um caráter de cientificidade, ou seja, de produção