Relações coloniais
No contexto da Independência da América Espanhola
Entre o final do século XV e até o final século XVIII, a Espanha constituiu na América um imenso império colonial, riquíssimo em metais preciosos amparado pelo uso do Pacto Colonial que visava permanecer com o monopólio comercial através de uma série de limitações comerciais e obrigações por parte da colônia. Porém, o Antigo Sistema Colonial entrou em crise. Os colonos da América espanhola, influenciados pelas ideias iluministas, perceberam a necessidade de tentar romper com a Metrópole. A falta de liberdade econômica e de autonomia política tornou-se intolerável.
Os chapetones, grupo minoritário da América espanhola (300 mil indivíduos) composto por espanhois nascidos na metrópole, detinham os mais altos cargos da administração colonial, confrontando-se com a elite local. Os chapetones desejavam a manutenção das relações metrópole-colônia, enquanto os criollos, seguidores dos ideais iluministas liberais e do exemplo norte-americano, eram partidários do livre comércio e da luta pela independência, embora não cogitassem mudanças na estrutura socioeconômica. De um lado, as rebeliões locais, as manifestações isoladas, sinalizavam o esgotamento do sistema colonial. De outro, eram expressões dos vários projetos de independência. Na luta contra a opressão metropolitana destacaram-se a rebelião de Túpac Amaru (1780), no Vice Reinado de Peru, e o Movimento Comunero (1781), no Vice Reinado de Nova Granada.
A Espanha tornou-se grande devedora da Inglaterra e da França, pois importava produtos, já que seu desenvolvimento industrial era atrasado. Para contornar a situação, a Coroa espanhola, aumentou os impostos e restringiu ainda mais o comércio colonial. Tais medidas desagradaram os colonos, em especial os criollos. Foi quando, em 1781, um movimento organizado pela população do Vice-Reinado de Nova Granada tentou dar fim