Redação 1000 - Tema: Índios no Brasil

Arco, flechas e direitos É de conhecimento internacional a questão da ocupação israelense nos territórios palestinos: uma nação sofre constante invasão e permanência de outro povo e quase nada pode fazer para detê-lo, pois não há poder para tal. Salvo proporções e intensidades, o massacre territorial, social e cultural que ocorre há 60 anos no Oriente Médio, é o que sofre o índio no Brasil desde o dia 22 de abril de 1500. A demarcação de terras é garantida desde a Constituição de 1988, em que é prescrito que os territórios mantidos são da posse de nativos, todavia existem empecilhos para que o espaço seja legalmente concedido. Um dos principais contribuintes para o PIB nacional é o motivo de maior dificuldade de obtenção de terras por indígenas: o agronegócio, apoiado por muitos senadores e deputados ruralistas. O valor da terra para o índio é considerado de importância inferior quando relacionado ao valor comercial. Assim, quando concedido, o território sofre reduções quantitativas e qualitativas, já que se oferece menos e com mais desgaste. No âmbito social, no relacionamento direto com o “homem branco”, o preconceito é o forte marca dessa convivência. Ao entrar em uma instituição de ensino superior, por exemplo, o indígena é subjulgado por colegas, o que também é refletido no mercado de trabalho. É preferencial contratar descendentes de europeus “civilizados” do que os chamados “ultrapassados” que não seguem a predominante cultura ocidental. O choque cultural deu-se desde o primeiro encontro entre índio e português. O índio foi vestido e comprado pelo escambo. O português impôs seus hábitos e religião. Hoje, o homem pós-moderno tenta incluir o nativo no mundo tecnológico para auxílio de preservação de cultura, mas ainda é grande o número de vezes que são julgadas e inferiorizadas as danças e rituais. O primeiro passo a ser dado para cuidar do índio depende do governo: fornecer as terras e protege-la de invasores. É necessário, também, ouvir as