química

Roberto Cardoso de Oliveira, em seu livro “o trabalho do antropólogo”, faz uma descrição do que seria o trabalho de um antropólogo. Para ele, ao se fazer isso, uma coisa seria importante para o profissional: a maneira de estudo que incluísse o olhar, ouvir e escrever de um pesquisador. Cardoso diz que para se descrever um grupo ou sociedade seria necessária a convivência diária do pesquisador com o objeto de estudo. Entretanto, ao se pesquisar tal grupo ou sociedade também seria necessário o conhecimento prévio (teórico), por parte do pesquisador, sobre o objeto de estudo, para que este possa ter um olhar apurado do objeto de estudo.
O segundo passo seria ouvir o pesquisador, tanto o ouvir como o olhar seriam importantes para descrever, de forma detalhada, o objeto. Esta parte da pesquisa serve para eliminar todos os difíceis que ficaram durante a observação. Ele chama isso de: “saber tirar informações dos entrevistados”, pois durante a observação de campo, não se pode eliminar todas as dúvidas que ficam e justamente por isso é que seriam necessárias novas metodologias, como as entrevistas, as quais ajudam na determinação do tema, e a pesquisa participante, a qual o pesquisador passa a viver a realidade.
O terceiro e último passo seria o escrever, passar para o papel tudo aquilo que foi observado e escutado no campo, ou seja, transpor para o papel de forma coerente, detalhada, e principalmente com olhar crítico todos os dados coletados.A palavra trabalho deriva do latim tripalium ou tripalus, uma ferramenta de três pernas que imobilizava cavalos e bois para serem ferrados. Curiosamente era também o nome de um instrumento de tortura usado contra escravos e presos, que originou o verbo tripaliare cujo primeiro significado era "torturar" 1 2 . Os gregos e os latinos diferenciavam o trabalho criativo (dos artistas e elites) do trabalho braçal ou penoso (escravos) 3 :
Trabalho criador = "Ergon" (grego) e "Opus" (latim)
Trabalho braçal = "Ponos" (grego) e "Labor"