pósgraduação

Avaliação de alunos surdos

“A deficiência não torna a criança um ser que tem possibilidades a menos; ela tem possibilidades diferentes."
(Maria C. R. Goes)

Na avaliação observei que alunos da escola regular esquecem sinais básicos de comunicação. Essa dificuldade de reter informação é comum já que ela tem um quadro da surdez profunda bilateral acima de 91 dB e é caracterizada como adquirida – perda da audição pós-nascer - e sua etiologia. Dessa forma, a aluna não adquiriu uma linguagem, nem a Língua Portuguesa e nem a Língua de Sinais, pois na família implantou-se a comunicação caseira. Portanto, faço uso diário do Dicionário Trilíngue e uma vez na semana, o Curso de LIBRAS oferecido pelo governo do Estado de São Paulo que já está concluído e com certificado.
Esse curso foi oferecido também aos pais da aluna, mas não foi possível devido alguns problemas de saúde que envolve a família da aluna gerando a falta de tempo. Iremos rever a possiblidade da realização desse curso posteriormente.
A língua de Sinais depende do grau de conhecimento da surdez e a forma como a família trabalha com ela; o não acesso a essa Língua no contexto familiar gera um atraso nos processos que dependem da linguagem: organização de pensamento, contextualizar a vida, as disciplinas e seus conteúdos, de suas ações e novas aprendizagens. A linguagem participa da constituição do pensamento e repercute sobre funções cognitivas, propiciando transformações na atenção, na memória, no raciocínio na significação de experiência e expansão de ideias anteriores.
Há também os casos de crianças surdas que, por terem sido expostas tardiamente à língua sinalizada, desenvolveram dificuldades em alguns tipos de construções e ainda há uma visível diferença no nível de desenvolvimento linguístico entre a trajetória da criança surda filha de pais ouvintes, e a da criança surda filha de pais surdos. O tempo de aprendizagem dentro da sala de aula não se dá ao mesmo tempo que a dos ouvintes e os