Psiquiatria

5892 palavras 24 páginas
RESUMO
Este estudo teve como objetivo conhecer as histórias de ex-"moradores" de hospital psiquiátrico na visão de seus familiares. Por meio de uma pesquisa de campo de caráter exploratório entrevistamos alguns familiares de ex-"moradores" de hospital psiquiátrico, os quais descreveram o trajeto percorrido. As histórias possibilitaram delinear os caminhos que levaram essas pessoas a se tornarem "moradoras" de hospital psiquiátrico, o que esse fato lhes acarretou e o que lhes possibilitou retornar ao lar. A recorrência e longevidade da internação psiquiátrica dos "moradores" provocaram perda de papéis sociais e de laços afetivos, além de sinais de cronificação do transtorno mental, reforçando que o modelo manicomial acarreta agravos que poderiam ser evitados com o tratamento em consonância com os preceitos da atenção psicossocial. Neste modelo não há lugar para o "morar" em um hospital psiquiátrico tradicional, mas leitos em hospital geral para permanência pelo menor tempo possível, como determinam a Lei 10.216, de 06 de abril de 2001, e a Portaria 3.088, de 23 de dezembro de 2011.
Palavras-chave: Saúde mental; família; reforma psiquiátrica.
Estimativas do Ministério da Saúde (Brasil. Ministério da Saúde, 2010a) revelam que existem aproximadamente 10.7221 usuários vivendo como "moradores" de hospitais psiquiátricos em nosso país. O "morador" de hospital psiquiátrico é aqui entendido como aquele usuário que ficou ininterruptamente por mais de um ano recolhido em uma instituição psiquiátrica, já saiu do período de crise, está de alta hospitalar, porém continua internado (Brasil. Ministério da Saúde, 2003).
Se atualmente "morar" em hospital nos parece estranho, uma vez que, segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (2011), a palavra hospital indica "estabelecimento onde se recebem e se tratam doentes", a origem do termo hospital desfaz esta estranheza. Etimologicamente, o vocábulo é derivado de hospes (latim), que significava "hóspede" ou "hospedeiro" e

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