Primeira Guerra Mundial

 PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL O quadro geral das relações internacionais no final do século XIX é, marcado pela hegemonia europeia, tanto do ponto de vista econômico (capital monopolista), quanto do ponto de vista político (Imperialista + Colonialista). Devemos ressaltar, entretanto, que o desenvolvimento dos países capitalistas em fins do século é desigual. Esta desigualdade leva países como Alemanha, a reivindicarem uma redivisão do território econômico mundial, aumentando a disputa por mercados consumidores, pela aquisição de matérias-primas e por áreas de investimento. Cabe lembrar também a existência de dois impérios que, apesar do atraso de suas bases econômicas, tinham grande importância devido a extensão de seus domínios – o Império Russo e o Austro-húngaro. Neste mesmo período, apenas Estados Unidos e Japão estão fora da influência europeia, passando mesmo a concorrer com os países do Velho Continente. O quadro em questão é repleto de antagonismos, como por exemplo:
 anglo-germânico → ofensiva alemã em busca de áreas de influência, ameaçando a hegemonia inglesa;
 franco-alemão → questão da Alsácia-Lorena e resistência alemã à penetração francesa no Marrocos;
 austro-húngaro → política russa de apoio à Sérvia nos Bálcãs, fortalecendo a agitação nacionalista anti-austríaca protagonizada pela Sérvia. As ambições imperialistas caminharam ao lado da intensificação dos nacionalismos, manifesta no Pan-Germanismo (desenvolvido na Alemanha e afirmando a superioridade racial dos germânicos); Pan-Eslavismo (atribuição aos russos da tarefa de proteger os povos eslavos) e Revanchismo (desenvolvimento na França contra os alemães, devido às perdas de 1870). Este quadro de tensão explica a formação de alianças.
 Tríplice Aliança → formada pela Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália (fundamentada na política alemã de evitar o isolamento na Europa);
 Tríplice Entente → Rússia, França e Inglaterra (Aliança militar franco-russa; Entente Cordiale