Primavera árabe
Estudiosos apontam que a comunicação do mundo globalizado e a insatisfação popular são pontos-chave que desencadearam as reações ao autoritarismo.
A falta de perspectiva nos países árabes, culmina num efeito dominó e estimula o povo árabe à entrar com protestos.
Desde o início da primavera árabe até a data de hoje, uma onda de protestos contra os regimes autoritários varreu o Oriente Médio e o norte da África. O primeiro ditador a cair foi Ben-Ali, da Tunísia.
No Egito, o presidente Hosni Mubarak, depois de um período de resistência e protestos em massa por 18 dias, se viu obrigado a renunciar terminando seu mandato de 30 anos. Hosni passou por problemas de saúde após a renúncia, mas mesmo assim aguarda em julgamento.
Na Líbia, o mundo inteiro acompanhou a trágica morte do coronel Muammar Al-Gaddafi, que estava há 40 anos no poder e resistia a oposição. Ele foi capturado dentro de um cano de esgoto, foi torturado e teve uma morte brutal. Seu corpo foi enterrado no deserto do Saara.
O corpo de Gaddafi em uma câmara de refrigeração em Misrata. Fonte da foto: Site VEJA.
Com medo, muitos outros líderes demonstraram suas intenções de renunciar. O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou que não se reelegeria neste ano, terminando o seu mandato de 35 anos. Omar Al-Bashir, presidente do Sudão desde 1989 também anunciou que não iria se reeleger no ano de 2015, que termina o seu mandato. Tampouco, o Iraquiano Nourj Al-Maliki também anunciou o fim de sua reeleição em 2014, apesar de manifestantes pedirem a renúncia imediata.
É o fim de longas ditaduras e libertações políticas, porém ainda não ocorreram grandes mudanças. No Egito e Tunísia, por exemplo, apenas uma ponta do Icebergue foi quebrada, nestes países, o “Estado profundo”, a administração e os aparelhos de segurança não mudaram. Ainda o atual presidente do Egito, Mohammed Mursi, vem tentando “matar” a primavera árabe.