preconceito racial infantil na educação
AMBIENTE ESCOLAR
Antonia Eunice de Jesus do Nascimento (UFAL) eunicepedagogia@gmail.com RESUMO
O artigo apresenta resultados preliminares de uma pesquisa que tem como objetivo geral analisar até que ponto a utilização de “expressões de cunho racistas” comprometem a auto-estima e, conseqüentemente influenciam no processo de construção do conhecimento dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental de uma escola da rede pública de Maceió. Inicialmente foi feita uma pesquisa bibliográfica no intuito de discutir as relações estabelecidas no espaço da escola, especialmente entre professores/alunos, alunos/alunos, tomando como referência os problemas vivenciados por crianças negras nesse ambiente, tais como: piadas e brincadeiras de mau gosto, uso de expressões de cunho racista, entre outros. Ressalta-se que o resultado dessas ações discriminatórias no ambiente educacional tem causado danos que influenciam negativamente no processo psicológico, social e cognitivo dessas crianças, contribuindo para o seu baixo rendimento escolar. Sendo assim, é importante que toda a comunidade escolar esteja atenta para esses problemas considerados corriqueiros e que aparecem de forma sutil, não aconteçam no espaço das salas de aula.
Palavras chaves: Educação. Preconceito. Discriminação.
INTRODUÇÃO
O preconceito racial constitui-se em um grave problema existente nos dias atuais, presente em toda a sociedade, de um modo geral e consequêntemente o espaço educativo não está ausente desse processo, algo que existe desde há muito tempo. Um assunto que quando exposto causa polêmica por ser muito complexo. Ao perguntar a alguém se é preconceituoso de imediato a resposta é negativa, uma vez que a maioria das pessoas afirma não ter nenhuma espécie de preconceito. Afinal, o tratamento
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diferenciado e as formas de expressões direcionadas ao negro aparecem como
“disfarçadas”.
Por esses e outros