Por um maior naturalismo na conceptualização das sociedades. (Fredrik Barth)

Por um maior naturalismo na conceptualização das sociedades. (Fredrik Barth)

Fredrik Barth, no capíitulo em questão, procura demonstrar que diferentemente do conceito de cultura, que foi e ainda é muito problematizado na antropologia, o conceito de sociedade de forma inversa parece já estará resolvidoa,. Se contrapondo-se aà ideia de haver um entendimento tácito do que é sociedade, Barth problematiza o conceito.
Diante disso, o autor pontua algumas conceptualizações equivocadas do conceito sociedade dentro dos textos antropológicos, entre esses equívocos: A sociedade como agregado de relações sociais, agregado de instituições de uma população, sociedade como abstraída do material e sociedade como homogeneizada.
Barth indaga: “como conceptualizar e descrever sistemas desordenados e abertos?”.
Precisamos começar por repensar a nossa visão da estrutura da ação social, principalmente no que concerne a construção cultural da realidade. Para isso o autor elabora duas distinções importantes entre dois aspectos de comportamento: Eventos (referente aos dados objetivos, aspectos externos do comportamento) e Atos (significado interpretado e intencional do comportamento). O evento pode ser entendido como uma fonte de interpretação do outro e de suas consequências, esse pode também ser transformado em atos através da interpretação do outro.
As reinterpretações e interpretações dos atos são feitas a partir de conversas e interações, havendo assim uma convergência de valores e significados.
Posteriormente Barth enfatiza alguns aspectos dos incidentes na estrutura da ação social, que por sua vez, produzem sérias implicações à sociedade. Assim o autor pontua aspectos importantes de sua argumentação: 1) O sistema como resultado da ação; 2) A desordem do sistema permite a percepção de que os indivíduos acumulam experiências diversas e lançam mão de determinados esquemas interpretativos; 3) O consenso como fator importante para a construção e moldagem