Politica externa brasil PEB LULA

3. A ÁFRICA SUBSAARIANA COMO RECEPTORA DE RECURSOS.
3.1. África Subsaariana
Com mais de mil idiomas e dialetos, espalhados por 48 países de diferentes cenários culturais e econômicos assim como zonas climáticas diferenciadas, a região da África Subsaariana poderá ser considerada em 2050 a região que tem o crescimento mais rápido do mundo, segundo a UNDESA (2009). Atualmente ele conta com 841 milhões de habitantes e uma taxa anual de 2,3%, com uma perspectiva de atingir até 2050, 1,5 bilhões de pessoas (IPEA, 2011)
Desdobramentos relevantes da área política na região subsaariana, como a independência dos países nos anos 1970, a crise dos regimes autoritários em 1980 e a democracia em 1990, fez com que a região passasse de instituições políticas frágeis para uma tendência atual de consolidação de estados mais abertos, com maior participação política, fortalecimento das instituições, redução dos conflitos e crescentes níveis de investimento público em saúde e educação. (IPEA,2011)
Apesar de ser o maior recipiente de ajuda estrangeira, há um descontentamento arraigado quanto a forma com que essa ajuda é feita, seja devido as condições impostas que limitam as opções política, seja pelos compromissos não cumpridos. Nos últimos anos a ênfase dada aos acordos passou por uma mudança estratégica, o foco político foi trocado pelo econômico, e mais países africanos vem demostrando interesse em aumentar o crescimento, reduzir a pobreza e participar do panorama econômico global. A expectativa é de que a Cooperação Sul-Sul possa exercer um papel de destaque perante os desafios que o continente enfrenta em relação ao desenvolvimento. (UNCTAD,2010)
A taxa de crescimento do PIB da região subsaariana, segundo o Global Economics Prospects (2011) é de 4,7% em 2010, com uma projeção de 5,3% em 2011 e 5,5% em 2012, muito superior ao que foi registrado em 2009, 1,7%.
O relatório também afirma que essa elevação em 2010 deu-se graças ao aumento significativo do investimento