Pobreza

O texto “A pobreza como um fenômeno multidimensional” tem como objetivo conceituar esse fenômeno trazendo uma visão ampla sobre o tema. Ao que muitos acreditam, a pobreza não é algo apenas relacionado com a condição financeira do individuo, mas sim, pelos diferentes modos como é vista: juízo de valor, relativa, absoluta e relativa/absoluta, apresentando a teoria dos autores Amartya Sen e Deepa Narayan.
Segundo a ideia de Amartya Sen, a pobreza estaria relacionada a privações em diversas esferas da vida, como capacidades básicas, materiais e até mesmo na falta de crença do próprio indivíduo. Já Deepa Narayan, a fim de expandir o conceito de Sen, passou a entrevistar as populações desprovidas de vários países sobre o que é ser pobre, pois ninguém melhor que os mesmos para descrever a situação. Em resumo a definição de Narayan sobre o conceito de pobreza adotada pelos pobres é dada sobre esses aspectos: “Pobreza é fome, é falta de abrigo. Pobreza é estar doente e não poder ir ao médico. Pobreza é não poder ir à escola e não saber ler. Pobreza é não ter emprego, é temer o futuro, é viver um dia de cada vez. Pobreza é perder o seu filho para uma doença trazida pela água não tratada. Pobreza é falta de poder, falta de representação e liberdade”. Após discutir com todo o grupo achamos mais relevante o fato da pobreza como juízo de valor, que seria quando um cidadão é comparado com outro indivíduo chegando à conclusão de sua pobreza. Obviamente o conceito é falho, pois a comparação pode vir a partir de duas situações financeiras materiais totalmente opostas, ou seja, o cidadão nesse caso poderia basear a definição de qualidade de vida em economicamente privilegiados. Além disso, os outros tipos de pobreza são definidos no texto, como: pobreza relativa e pobreza absoluta. A primeira é relacionada diretamente com a desigualdade na distribuição de renda e a segunda é ligada à quantidade de renda tendo como foco as necessidades básicas.