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Fase Heróica (1549 a 1570)
Em um curto período de nossa história - 21 anos apenas mas denso em ocorrências decisivas para o futuro do país", e "um período de personalidades fortes e marcantes". Começa em 1549, com a chegada de Tomé de Souza ao Brasil, trazendo consigo um grupo de missionários jesuítas, chefiados por Manuel da Nóbrega, com a missão de iniciar a catequese e a instrução na colônia.
O mais conhecido e talvez o mais atuante foi o noviço José de Anchieta, nascido na Ilha de Tenerife e falecido na cidade de Reritiba, atual Anchieta, no litoral sul do Estado do Espírito Santo, em 1597. Anchieta tornou-se mestre-escola do Colégio de Piratininga; foi missionário em São Vicente, onde escreveu na areia os "Poemas à Virgem Maria" (De beata virgine Dei matre Maria), missionário em Piratininga, Rio de Janeiro e Espírito Santo; Provincial da Companhia de Jesus de 1579 a 1586 e reitor do Colégio do Espírito Santo. Além disso foi autor da Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil.
A fibra desses pioneiros - sua tenacidade alicerçada em uma fé inquebrantável e suavizada por sua extraordinária espiritualidade e solidariedade humana - terminou por tornar essas duas décadas conhecidas, na historiografia da educação brasileira, como período heroico. De fato, 15 dias após o desembarque, ocorria a primeira aula, e era inaugurada a primeira escola brasileira.
Habitando moradias de pau-a-pique, enfrentando toda sorte de privações e doenças, em apenas cinco anos - de 1549 a 1554 - pontilhariam o ainda incerto mapa do Brasil, desde Olinda até São Paulo, com inúmeras escolas e abrigos para menores carentes. As escolas eram instituições extremamente democráticas, que reuniam, numa mesma sala de aula, desde órfãos, menores abandonados, curumins recrutados nas aldeias próximas, até os filhos da burguesia e da incipiente aristocracia local.
A partir de 1554, muda a política jesuíta para a administração da educação na