PEDAGOGIA
Para que o processo de elaboração de um projeto político-pedagógico e, conseqüentemente, a consolidação de seu texto final não representem apenas atividades burocráticas e formais a serem cumpridas por exigência legal, é preciso que as equipes gestoras viabilizem as condições necessárias não apenas para a sua construção, mas, sobretudo, para a sua execução, acompanhamento, avaliação e reconstrução. A seguir, são colocadas algumas dessas condições.
Delimitação e organização do tempo para a discussão, elaboração e acompanhamento do projeto.
Para a realização de uma tarefa complexa como a da elaboração e implementação da proposta pedagógica, é preciso buscar condições objetivas. A instituição de um tempo próprio é uma dessas condições. A cultura da participação precisa ser ainda instaurada em nossas escolas e, para isso, precisa-se de tempo, ou seja, um horário definido para participação em reuniões e realização de tarefas específicas que se façam necessárias.
Quando a escola ocupa todo o tempo do professor[1] com aulas, sem lhe dar algumas horas semanais de trabalho remunerado para estudar, elaborar material didático e ter oportunidade de discutir com os colegas e com a comunidade o processo de realização do trabalho pedagógico, ela está dificultando a realização de um trabalho de qualidade.
Encontrar o tempo certo para reunir as pessoas da comunidade não é fácil. E, aqui, se coloca um desafio para as lideranças da escola: descobrir formas de contato com as famílias dos alunos que superem as tradicionais – as eventuais reuniões de pais para tratar da indisciplina e das notas baixas dos alunos – de maneira a atraí-las a participar sistematicamente da vida escolar de seus filhos e a participar do processo de construção e acompanhamento da proposta pedagógica.
Estabelecimento de possibilidades e de limitações do trabalho da escola e definição de prioridades
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