Os ROLEZINHOS

‘ ROLEZINHOS’
É inevitável o quanto os chamados ‘rolezinhos’ se expandiram Brasil a fora. O encontro de centenas ou milhares jovens que vivem nas periferias das cidades, programados a partir de redes sociais, dirigindo-se aos shoppings centers repercutiu principalmente por ao chegarem aos centros comerciais passeando pelos corredores e praças de alimentação, por paquerarem, tirar fotos, cantarem e executarem alguns “passinhos” utilizados nos bailes funk.
A maioria veste-se com roupas de grifes famosas, seguindo um padrão comportamental ligado ao chamado “funk ostentação”. Essa forma de se vestir expressa nas letras das musicas e nas vestimentas de MCs, dançarinos e demais participantes, falando principalmente de dinheiro, carros, fazendo apologia a marcas famosas e enfatizando a sexualidade de mulheres e homens.
Entretanto, o fenômeno não vem sendo tratado apenas como uma reunião de jovens á um determinado espaço publico. O rolezinho é repreendido pela administrações dos shoppings centers, com sua polícia privada. Os administradores dos estabelecimentos argumentam que os rolezinhos colocam em risco a segurança de trabalhadores, lojistas e clientes que frequentam esses locais. Com esses argumentos, alguns shoppings centers conseguiram liminares judiciais para impedir a realização dos rolezinhos, sendo possível a aplicação de multa aos que infringirem a decisão judicial.
E são através dessas limitações que foi levantado debates específicos à estrutura social brasileira, que é a DISCRIMINAÇÃO RACIAL, O DIREITO Á REUNIÃO, A MANIFESTAÇÃO E A LIBERDADE DE PENSAMENTO. Os jovens pobres das periferias negros, em sua maior parte, estão sendo impedidos de entrarem coletivamente nos templos de consumo em que se transformaram os shoppings centers. As administrações dos shoppings, com o apoio policial, estão segregando e discriminando social e racialmente esse setor da sociedade brasileira, reproduzindo, dessa forma, o racismo que sempre esteve presente na história do