Oresteia de ésquilo

1186 palavras 5 páginas
Na Ilíada Homero descreve a guerra de Tróia enquanto em sua obra Oresteia, Ésquilo trata, em uma trilogia, do retorno de Agamémnon, comandante vitorioso dos Gregos naquela empreitada, para casa após dez anos de ausência. Não obstante Agamémnon não terá uma recepção vitoriosa, mas encontrará a morte pelas mão de sua própria esposa, Clitemnestra, a qual planeja matá-lo devido ao fato dele haver sacrificado a própria filha de ambos, Ifigênia aos deuses a fim de obter ventos favoráveis que levassem a frota grega até Tróia. No seguimento o filho de Agamémnon e Clitemnestra, Orestes, instigado por sua irmã Electra, desfecha uma nova vingança cometendo o matricídio em represália pela conduta da mãe ao eliminar Agamémnon. Devido a esse crime Orestes passa a ser perseguido pela Fúrias (criaturas terríveis metade aves de rapina e metade mulheres, às quais compete vingar os crimes de sangue tal qual o matricídio). Prestes a ser executado pelas Fúrias, ocorre a intervenção da deusa Atena que substitui "o primitivo e interminável ciclo de retribuição e vingança privada e contravingança por um sistema de justiça baseado na lei e nos tribunais públicos". Orestes acaba sendo perdoado e as Fúrias se transformam em Euménides, "espíritos que presidem à imposição da lei civilizada". [09]
A mensagem enviada muito claramente pela narrativa mitológica de Ésquilo é a de que a brutalidade, o assassinato, as execuções sumárias e a própria guerra não devem ser os meios para solução dos conflitos individuais e grupais. É preciso pensar um sistema racional e equilibrado para tratar desses conflitos com justiça e imparcialidade. Ésquilo inicia com a referência à guerra de Tróia conhecida por seus sangrentos combates onde heróis valorosos perderam a vida. Ora, a referência é oportuna, já que a guerra pode certamente ser encarada como uma verdadeira negação do Direito. [10] Se no âmbito externo ou grupal a guerra é a negação do Direito e a opção pela força para a solução dos conflitos, no âmbito

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