Paper sobre contar a lei capitulo II oresteia

1801 palavras 8 páginas
INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – ICJ

ORESTÉIA: Um mito retratando a realidade jurídica

“Paper” referente ao Capítulo II do livro Contar a lei: fontes do imaginário jurídico, de François Ost. Turma: DI1TA. Disciplina: HDPJ

Belém-PA
2015

INTRODUÇÃO

Este trabalho se dedica analisar o Capitulo II do livro Contar a Lei - As Fontes do Imaginário jurídico, escrito por François Ost, o qual retrata uma interpretação a respeito da tragédia grega Orestéia, dividida em três partes: Agamêmnon, Coéforas e Eumênides, desenvolvida por Ésquilo em 460-459 a.C., período em que a Grécia estava passando por diversas mudanças politicas. Sendo assim, pode-se afirmar que a trilogia influenciou na jurisdição grega através de uma narrativa mitológica sobre a realidade do período.
O principal propósito da tragédia é, explicitamente, ressaltar a renuncia a lei do Talião (olho por olho, dente por dente) como forma de fazer justiça, para uma justiça pública, já inserida na recém-democratizada Grécia, através do Areópago. Devido à instabilidade política grega da época, mudanças arriscavam a integridade do sistema, possibilitando a retomada da vingança particular. Então, para impedir que isso ocorresse Ésquilo cria um mito baseando-se na realidade política e ao mesmo tempo inserindo sua opinião sobre a mesma. Sendo assim, o mito retrata a passagem da lei do Talião para a justiça pública, ressaltando a importância da mesma, sua divindade e também a evolução da justiça grega ao adota-la.
Porém, Ost analisa a Orestéia de uma forma diferente, ao perceber a presença de cinco “vozes” em cada capítulo, cada qual representando os temas abordados (jurídico, teológico, político, responsabilidade e linguagem), assim trazendo a harmonia necessária da justiça.
Tendo isso em mente, o objetivo desse trabalho é analisar a história da Orestéia e sua importância no âmbito jurídico, assim como apresentar e explicar a análise de François Ost a respeito da tragédia.

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