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Em 31 de março de 1964, há exatos 50 anos, o governo do presidente João Goulart era deposto graças a um golpe de estado promovido pelos militares. Até o fim da ditadura em 1985, uma de suas principais armas seria a propaganda política. Alguns slogans ficariam marcados no imaginário popular. O Adnews resolveu relembrar como a comunicação de chumbo tentava abafar o autoritarismo.
Um dos principais órgãos responsável pelas campanhas do governo era a Assessoria Especial de Relações Públicas (AERP). Ela foi criada em 15 de julho de 1968, sob o decreto de número 62.119.
Carlos Fico, em seu livro "Reinventando o Otimismo – Ditadura, propaganda e imaginário social no Brasil", diz que na época havia pressões para a criação de um órgão de comunicação que produzisse informações para a sociedade.
Segundo o autor, os propagandistas do regime militar tiveram de conviver com uma situação contraditória: por um lado, precisavam afirmar valores “positivos”, “moralizantes”, “verdadeiros” no sentido de que seriam eticamente superiores; por outro, tinham de conviver com o regime autoritário, com a censura, as perseguições políticas, etc.
Em um artigo sobre a AERP, a jornalista Paula da Cunha Bezerra explica que com o avanço econômico e os famosos projetos faraônicos do governo militar (como a Transamazônica e a Ponte Rio-Niterói), o sentimento ufanista de "Brasil Grande" crescia. A propaganda desenvolvida pelo órgão ajudava na retórica militar.
A equipe formada por jornalistas, sociólogos e psicólogos, analisava os temas e o foco que dariam às suas ações. Depois encaminhavam para agências de publicidade e lá eram produzidos documentários para televisão e cinema, matérias para jornais e alguns "slogans" que fariam Joseph Goebbels sorrir em seu túmulo. "Você constrói o Brasil", "Ninguém segura este país", "Brasil, conte comigo", “Este é um país que vai pra frente”, “Brasil, ame ou deixe-o” (talvez o mais famoso deles), entre outros.
Nem o futebol escapava. Até Pelé, então maior

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