Natação

Introdução:

A aprendizagem da natação no ser humano, como qualquer outra aprendizagem adaptativa, não está inscrita nos seus genes, ao contrário de outras espécies, nomeadamente os peixes e anfíbios, cujo “habitat” preferencial lhes conferiu evolutivamente padrões adaptativos específicos. Alguns mamíferos se distinguem pela sua excelente adaptação aquática, e em contrapartida, outros parecem evidenciar reações de pânico e medo perante o meio aquático. No ser humano, o contato com o meio aquático, ora serviu de sobrevivência e subsistência e ora de angústia ou de ameaça mortal. Quando nos animais superiores tais sinergias corporais e motoras são mais asseguradas pelo sistema límbico e pelo córtex, sistemas estes destinados para padrões mais complexos e mais seguros, o que pressupõe não uma competência inata ou instintiva, mas uma competência adquirida essencialmente determinada por fatores sensório-motores e perceptivo-motores mais elaborados. Em contato com o meio aquático, o corpo humano é concomitantemente com seu comportamento, como qualquer outro objeto, tem de respeitar os princípios de Arquimedes, as leis de Newton, a equação de Bernoulli e outros princípios hidrodinâmicos, sem os quais a adaptação aquática não é possível e nem realizável. Quando se fala de um comportamento aquático, subentende-se que, entre a situação e a ação, ocorre uma interação de dados, intra e extra-somáticos em uma unidade funcional. Para permanecer na água é, sobre o ponto de vista sensorial e psicomotor, amplamente diferente do que estar situado ou posicionado em terra, daí a especificidade de reaprendizagem postural e motora naquele envolvimento. Equilibrar, voltar, virar, baixar, levantar, saltar, correr, ou apoiar etc... na água implica uma expansão e uma ampliação do repertório psicomotor.

Peito:

O peito foi a primeira forma encontrada pelo homem para se locomover na água. Principalmente a braçada era realizada com grande amplitude para os lados e para