Musica e gestualidade

As atividades artísticas compreendem a forma mais sincera de expressão das atividades mentais do ser humano. Através delas, pode-se suprimir as limitações de alunos que ainda não possuem o domínio da linguagem e da escrita, auxiliando-os no desenvolvimento da sensibilização e da observação, trabalhando com sua imaginação e com seu espírito criador, estimulando a auto-expressão, aplicando além da linguagem falada, a linguagem gestual, possibilitando assim que o corpo também seja utilizado como forma de comunicação (ALMEIDA & BUSNARDO, 2009).

Kater (2004, p. 46) reflete sobre a atuação do recurso musical (...) em Determinados espaços é um recurso alternativo, onde a educação representa, através do sonoro e gestual, uma “alternativa prazerosa e especialmente eficaz no desenvolvimento individual e de socialização”, (KATER apud ÁLVARES, 2005)

No processo de significação do Canto, o comportamento facial tem um papel importante na expressão da emoção, na sua comunicação e interacção com o público. O Canto enquanto actividades criativas e de comunicação, requerem um conjunto de sinais expressivos que precisam ser identificados e consciencializados pelo cantor, a fim de puderem ser utilizados em toda a força expressiva da sua significação ‘(SALGADO, 2000)

A combinação destas duas operações - representação mental e realização sonora - é um dos atributos que distinguem gesto e figura. Na obra teórica de Brian Ferneyhough, um dos principais representantes da corrente New Complexity, encontramos inúmeras discussões a respeito da distinção entre gesto e figura. A figura “não existe em termos materiais; ela representa, sobretudo, uma maneira de perceber, de categorizar e de mobilizar as constelações gestuais concretas”. é feita de relações abstratas como as figuras geométricas, e necessita da manifestação sonora para que a percebamos. Assim quando a manifestação sonora apresenta uma intencionalidade, a harmonia entre música e movimento, resulta na coordenação global