Modelos de organizaçoes

Já as organizações do tipo orgânico (ou organísmico) se adaptam a condições instáveis, a ambientes que oferecem problemas complexos e que não podem ser resolvidos por pessoas com especialidades tradicionais. Neste tipo de sistema ninguém é especialista em nada, ou todos são especialistas em tudo. Ocorre uma contínua redefinição de tarefas. O que é enfatizado é a natureza cooperativa do conhecimento e não a especialização. Segundo MAXIMIANO (2000), preferem-se a interação e a comunicação de natureza informativa (em lugar de ordens), o que cria um alto nível de comprometimento com as metas da organização. Os organogramas são de pouca utilidade para descrever as tarefas das organizações do tipo orgânico. Muitas vezes, elas não têm organogramas.

Aquelas empresas estudadas por Burns e Stalker não tiveram a capacidade de trabalhar com engenheiros eletrônicos para fazer pesquisa e desenvolvimento. Devido a este fato, os autores ficaram em dúvida em relação à transição de organizações mecanicistas à orgânicas. De acordo com eles, nas organizações mecanicistas, as pessoas possuem compromissos muito mais fortes com seu grupo imediato e sua carreira (interesses paroquiais), do que com a organização como um todo. Ao surgir novas funções, os departamentos existentes entram em conflito para controlá-las. Os conflitos, como aponta MAXIMIANO (2000), desviam a energia organização, da adaptação às novas circunstâncias, para a perpetuação das estruturas tradicionais. As organizações mecanicistas, de acordo com Burns e Stalker, muitas vezes reagem à mudança criando, através de sistemas patológicos:

Encaminhamento de todas as decisões ao executivo principal, que fica sobre carregado; Criação de novas unidades cuja existência depende da persistência das dificuldades; Formação de comissões que nada resolvem1.

QUAL MODELO É MELHOR?

Henry Ford, Henri Fayol, Frederick Taylor, Werner von Siemens, além de outros autores, tentaram criar teorias que estabelecessem