Modelo de professor

Eu tive um professor, seu nome era Gattini que ficou na minha memória para sempre, mais pelo que ela fez por mim do que pela sua fisionomia ou nome. Ela era minha professora de Língua Portuguesa na 1º ano do 2º grau, na escola Estadual Doutor Ernane Vilela Lima, em Nepomuceno, no ano de 2007.

Ele, Gattini, usava um método que me abriu a percepção para a leitura e despertou meu gosto pela literatura.

Éramos, eu e os colegas de turma, obrigados a ler diariamente, nem que fosse a bula de algum remédio, e depois escrevíamos no mínimo uma lauda sobre o assunto lido.

Ele era muito especial porque me mostrou que as palavras não são só palavras. Ele me mostrou que tem um universo inteiro dentro de cada palavra e que, quanto mais a gente as conhece, mais a gente sabe articular, mais a gente sabe pensar. Outra coisa muito importante que ele me ensinou também é que o que a gente diz é muito sério porque é o que o outro vai ouvir. E se a gente diz uma coisa errada, truncada, não clara, a informação se perde.
Um dia o professor me chamou e disse que eu era uma das suas alunas que podia no futuro se dar bem nesse ofício de escrever.

E disse mais: que eu era mesmo boa nisso e que deveria ir guardando numa gaveta tudo que fosse escrevendo. Eu peguei corda e fiz exatamente assim. Resultado: alguns poemas, que tenho orgulho. Pois, saíram dessa gaveta.
E pretendo usar toda essa técnica como futuro professor, pois vi em mim mesmo o resultado. Tendo certeza do pleno