Gerra cuito cuanavale

INTRODUÇÃO
O presente trabalho é um projecto de tese de monografia de fim de curso a retratar a batalha de Cuito Cuanavale, tendo-se por foco principal de pesquisa o impacto da mesma batalha na região da Africa Austral.
A Batalha de Cuito Cuanavale, ocorrida entre 15 de Novembro de 1987 e 23 de Março de 1988, é considerado o maior confronto militar da Guerra Civil e de carácter internacional ocorrido em Angola. Ocorreu no Sudeste de Angola, na província de Cuando-Cubango, na região do Cuito Cuanavale (nas extremidades de 15° 09′ Sul 19° 10′ Este[1]). Foi travada entre duas alianças: de um lado as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) aliadas às forças Cubanas contra a União Nacional de Libertação Total de Angola (UNITA) aliadas à África do Sul. Foi a batalha mais prolongada que teve lugar no continente africano desde a Segunda Guerra Mundial e, foi a única batalha de carácter internacional a ser travada em território sob soberania do Estado angolano.
O governo angolano era liderado pelo presidente José Eduardo dos Santos, do lado de Cuba o General Leopoldo Cintra Frias; por outro lado a UNITA com Jonas Savimbi e o regime Apartheid governado por Coronel Deon Ferreira. Na batalha de Cuito Cuanavale esmaga-se a ideologia da invencibilidade do exército da África do Sul foi, mudando-se dessa forma o equilíbrio do poder na região da africa austral, tornando-se o ponto de viragem decisivo na guerra que se arrastava há longos anos. (...) O Acordo Tripartido, assinado na ONU, em 22 de dezembro de 1980, entre as três repúblicas, pôs fim ao conflito no sudoeste africano e instrumentalizou a independência da Namíbia. Uma intervenção internacional desse tamanho, realizada por um Estado latino-americano, não se esquece: omite-se. Aliás, por falar em Cuba, para o autor, marxismo e democracia são conceitos antagónicos[2].
Através deste acordo tripartido deu-se a resolução 435/78 do Conselho de Segurança da ONU, levando à independência da Namíbia e ao fim