Modelo Atômico
Prof. Emiliano Chemello
Se todo o conhecimento científico fosse destruído por um grande cataclismo e apenas uma sentença fosse passada adiante para a próxima geração de criaturas, qual enunciado conteria mais informações commenos palavras? Segundo o físico americano
Richard Feynman, ganhador do prêmio Nobel, a sentença seria: A
Hipótese Atômica.
A busca pela natureza íntima da matéria gerou vários modelos, ou seja, conjuntode hipóteses sobre a estrutura e o comportamento dos átomos. Estas interpretações da realidade sofreram modificações ao longo do tempo, as quais foram necessárias para explicar os novos comportamentos observados na natureza.
Esta história de modelos atômicos é antiga. Tão antiga que começa no século V a.C, quando Leucipo, filósofo grego, questiona-se com a pergunta: A matéria é contínua ou discreta? Ou seja, se é possível dividir a matéria indefinidamente ou, se chegaria a um ponto em que ela se torna indivisível. Por meio de um pensamento puramente racional, sem nenhuma contribuição experimental, Leucipo chegou ao conceito de „átomo‟, que em grego significa: “não pode ser dividido”. O átomo seria, portanto, a entidade mais fundamental da matéria. Posteriormente, seu discípulo, o também filósofo grego
Demócrito, aprimorou a idéia original de seu mestre, dizendo que há diversos tipos de átomos, os quais diferem em forma, tamanho e peso. Considerava também que toda mudança aparente da matéria deviase a combinações e recombinações desses átomos imutáveis. É interessante comentar que, em alguns pontos, o modelo proposto há mais de 2400 anos assemelha-se, incrivelmente, ao modelo atual que veremos a seguir. A compreensão de mundo tida pelos gregos demonstrou-se além do seu tempo, o que, de certa forma, orientou os cientistas seguintes a esmiuçar esta idéia capciosa sobre a natureza íntima da matéria.
Em uma espécie de resgate histórico, o cientista