Mito Eros e Psiquê

Semana Literária 2013 – O MITO:
EROS E PSIQUÊ

Havia um rei com três filhas. As três eram formosas, mas a caçula, de nome Psiquê, era de tal formosura que de todos os pontos da terra chegavam viajantes para conhecê-la. E, ao conhecê-la, passavam a admirá-la, a desejar estar sempre próximos da pureza de seus traços, da gentileza de seus gestos, da sensualidade de seu andar. Quem a encontrava sentia dentro de si, de forma avassaladora, a paixão pelo belo. Os homens de todas as idades não vinham pedi-la em casamento, tentar roubar-lhe um beijo ou levá-la para suas vidas e suas casas. Almejavam apenas adorá-la. As duas irmãs já estavam casadas e Psiquê não, apesar da legião de admiradores, o que preocupava imensamente seu pai.
Não tardou que os templos de Afrodite, a deusa da beleza, fossem abandonados, pois seus fiéis estavam agora ocupados em cultuar Psiquê, pois, apesar de ser uma simples mortal, ela estava ao alcance de quem se dispusesse a contemplá-la. A deusa, de início, tentou ignorar a rival. Outras mortais eram admiradas, aquilo passaria, o tempo se encarregaria de divulgar outras beldades. As coisas, porém, não ocorreram assim. E Psiquê – em grego, Alma – foi se tornando uma fonte de permanente aborrecimento para Afrodite.
A deusa tinha um filho, Eros, cultuado pelos mortais como o deus do amor. Era um rapaz de extraordinária beleza, em nada semelhante ao marido de Afrodite, o coxo e feio Hefesto, o deus ferreiro, capaz de produzir em suas forjas as mais finas peças de ourivesaria, os melhores escudos de guerra, os mais trabalhados portais. Eros era um jovem acostumado a conquistar todos com sua beleza, alegria e vivacidade. Suas conquistas não duravam mais que um dia, pois logo se desinteressava, partindo para outra, e outra, e outra. Inconstante, volúvel, superficial, eram essas as medidas do seu amor.
Afrodite, irritada com a crescente influência de Psiquê sobre seus súditos, pediu a Eros que fizesse com que a moça se apaixonasse pelo o mais