Metáfora paterna

SOBRE A METÁFORA PATERNA

RESUMO – O objetivo deste artigo é nos aprofundarmos sobre o conceito desenvolvido por Jacques Lacan dentro da teoria psicanalítica, a Metáfora Paterna, como também é chamado pelo autor, o Nome-do-Pai. Para alcançar o nosso objetivo, vamos nos ater mais profundamente no seminário 5 de Jacques Lacan, o seminário sobre as formações do inconsciente, nos capítulos VII: A Foraclusão do Nome-do-Pai, IX: A Metáfora Paterna e X: Os Três Tempos do Édipo, assim como na obra de Joël Dor, Introdução à Leitura de Lacan – O inconsciente estruturado como linguagem, nos seguintes capítulos: capítulo 11: A prevalência do falo, capítulo 12: O estádio do espelho e o Édipo, capítulo 13: A metáfora paterna – o Nome-do-Pai – a metonímia do desejo, capítulo 14: A forclusão do Nome-do-Pai – Abordagem dos processos psicóticos e o capítulo 15: A divisão do sujeito e o advento do inconsciente pela ordem significante. Outras obras foram escolhidas pelo autor deste artigo, e serão citadas no decorrer do mesmo, com o objetivo de aprimorar a compreensão do leitor.

“Tuas setas apontastes bem alto, e ganhaste o prêmio da mais alta riqueza! Só tu lograste vencer a horrenda Esfinge, de afiadas garras e de cantos enigmáticos; e depois te apresentaste a nós como fortaleza, contra a morte. Por isso, ó Édipo, a ti aclamamos como nosso rei, e, ungido de brilhantes homenagens, foste o senhor supremo desta grande cidade. Hoje, porém, quem será mais desgraçado que tu, pelas vozes que correm? Quem terá sofrido, nos reveses da vida, maior amargura e se precipitado à mais profunda ignomínia? Ilustre e querido Édipo, tu que ao tálamo paterno voltaste como esposo, dize: como por tanto tempo pôde esta terra que teu pai fecundou suportar em silêncio tua semente?” (Sófocles, 2002, p.68-69).

A citação acima, retirada da tragédia grega sofocliana Édipo Rei, nos apresenta um mito, uma narrativa, sobre um temor que já era conhecido pelos