Metas superávit
“Projeções são bastante realistas, dadas às boas condições da economia internacional”, diz Mantega
15/04/2014
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta terça-feira (15/4) a meta de superávit primário para o setor público consolidado, em 2015, de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) – equivalente a R$ 143,3 bilhões em termos nominais. Pelas projeções, o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) compromete-se a fazer uma economia de 2% do PIB (R$ 114,7 bilhões).
No próximo ano, o governo federal vai fazer superávit primário de, no mínimo, 2% do PIB (R$ 114,7 bilhões), levando em consideração a possibilidade de abatimento dos investimentos realizados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em até R$ 28,7 bilhões. “Essas projeções são bastante realistas, dadas às boas condições da economia internacional”, explicou Mantega ao apresentar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2015, juntamente com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior; e o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.
O PLDO, encaminhado hoje ao Congresso Nacional, prevê meta de primário para Estados e municípios de 0,5% do PIB (R$ 28,7 bilhões). Mantega disse acreditar que esses entes terão condições de cumprir essa meta, pois, com a economia do país crescendo mais, a arrecadação estadual também vai aumentar. “Porém, o Governo Central irá compensar uma eventual frustração no resultado primário dos Estados e municípios”, afirmou.
Ao falar sobre as contas públicas, Mantega apontou três elementos que levarão a realizar um esforço fiscal maior em 2015: aumento das receitas decorrente do crescimento do PIB; controle “rigoroso” da despesa e melhoria da qualidade dos gastos; e redução dos estímulos concedidos (subsídios e desonerações). “Essa consolidação fiscal vai fortalecer os fundamentos da economia brasileira, com redução da dívida pública