meconio

1. INTRODUÇÃO

A incidência de mecônio no líquido amniótico é de 10%4 a 16%1,16 em partos a termo de mulheres consideradas como de risco habitual. A síndrome de aspiração meconial (SAM) é uma complicação e é uma importante causa de mortalidade perinatal (MENDONÇA et al, 2015).
A aspiração do mecônio leva a fenômenos obstrutivos e inflamatórios nos recém-nascidos (BRASIL, 2012).
A SAM pode se apresentar desde uma disfunção respiratória leve até um quadro grave que evolui para a morte, apesar do manejo clínico adequado (COVERO et al, 2006).
Com acompanhamento no pré-natal, o cálculo preciso da idade gestacional e a monitorização do bem-estar fetal no decorrer do trabalho de parto, são fatores fundamentais na prevenção da SAM (COVERO et al, 2006). A terapêutica deve ser iniciada o mais breve possível, para que com isso se desobstrua as vias áreas (DINIZ et al, 2000).

2. PATOLOGIA

O mecônio surge no íleo fetal entre a 10º e 16º semana de gestação, e se apresenta como um líquido viscoso e esverdeado composto por secreções gastrointestinais, restos celulares, sucos gástrico e pancreático, muco, sangue, lanugo e vérnix. É composto em aproximadamente 72 a 80% de água. A composição do seu peso seco consiste em mucopolissacarídeos e, em menor quantidade, em proteínas e lipídios (COLVERO et al, 2006).
A associação entre líquido amniótico meconial e sofrimento fetal é bastante controversa. A eliminação do mecônio pelo feto ainda na cavidade uterina ocorre devido a um aumento na peristalse intestinal secundário à hipoxemia e sofrimento fetal (COLVERO et al, 2006). Ou também devido à compressão mecânica do abdome durante o trabalho de parto e a maturidade fetal também é um fator predisponente (BRASIL, 2012).
A SAM pode se apresentar desde uma disfunção respiratória leve até um quadro grave que evolui para a morte. Tipicamente os sinais e sintomas mostram-se como disfunção respiratória, taquipnéia, gemência, batimento de asas do nariz, tempo expiratório