Matriz Liberal

A matriz liberal tem raízes no pensamento dos filósofos iluministas, do século
XVII, e dos economistas do século XVIII; se baseia na idéia que a vida humana e social não está fundamentada em um pensamento natural do homem mas em uma espécie de contrato. Segundo Coelho 2012: De acordo com o pensamento liberal, todos os indivíduos são iguais por natureza e igualmente portadores de direitos naturais aos quais eles não podem, em hipótese alguma, abdicar: os direitos à liberdade e à propriedade.
Os pensadores Thomas Hobbes, John Locke, Charles Louis de Secondat,
Montesquieu e Jean-Jacques Rousseau. Em conjunto formam o alicerce sobre qual fora fundado o liberalismo. As obras desses autores trabalham o direito público e os fundamentais, e natureza do poder do Estado estabelecendo, uma clara separação entre
Estado e sociedade civil, esfera pública e privada.
Thomas Hobbes entende que o Estado Civil nasce absoluto, sem limites, o homem originalmente vive num estado de natureza, ou seja, os homens têm plena liberdade e lutam para adquirir o que querem, sem leis ou punições.
Para John Locke, os homens são livres e iguais e formam o Estado. Este Estado é racional, mas não absoluto, deve respeitar os direitos naturais dos homens, pois estes são anteriores à sua formação. A origem do poder do Estado está no cidadão.
Para Jean-Jacques Rousseau, fundador da concepção democrática portuguesa, a sociedade civil nasce através de um contrato social, no qual os homens não podem renunciar aos princípios da liberdade e igualdade. O contrato constitui somente a sociedade. Ao povo pertence a soberania.
Pelos princípios liberais o mercado é uma instituição auto regulável não necessitando da intervenção do Estado para funcionar bem, o que garantia de certa forma uma autonomia ao campo econômico em relação ao campo político. Os três elementos fundamentais da produção – trabalho, terra e dinheiro – iriam se transformar em
mercadorias.