MARKETING
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Artigos
Gestão, Estratégia e
Administração
Título - EMPRESAS MÉDIAS TAMBÉM FAZEM ESTRATÉGIA
Sérgio Duarte Velasco
Recentemente, em preparação para um seminário que apresentei, espantou-me tanto a variedade de escolas de pensamento sobre o assunto como o número de significados da palavra. Como adjetivo, justifica uma espantosa e crescente indústria. Planejamento, marketing, administração, informação, pensamento, conhecimento, produto, negócio, remuneração, RH, cargo, indústria e tudo o mais que se queira, pode ser qualificado de estratégico. Outro dia, pelos jornais, deparei-me com a notícia de um casamento estratégico. Não é à toa o crescente descrédito em torno do tema.
Interessante é que o seminário foi concorrido. Talvez porque as pessoas presentes quisessem acreditar em estratégia, procurando apenas por alguém que as convencesse disso. Indagados se acreditavam em planejamento estratégico, a maioria me confirmou seu descrédito. Dentre suas justificativas, duas grandes lógicas se destacaram. Para um grupo, o próprio processo de planejamento era o problema pois, em geral, era idealizado pelas altas esferas de poder. Em conseqüência, mostrava-se distante da realidade operacional, detalhado em excesso, pouco flexível, além de muitas vezes ser usado como uma ferramenta de controle. Por esta razão, na maioria das vezes, o produto final acabava na gaveta de alguém.
Também em destaque, surgiu a questão da suposta ineficácia do planejamento estratégico como ferramenta gerencial. Para este grupo, criar uma complexa estratégia para atuar em um ambiente de negócios tranqüilo seria pura perda de tempo. Para o sucesso, diziam, bastariam alguns ajustes de percurso, o estabelecimento de uma meta razoável de crescimento e, principalmente, desafios permanentes para o pessoal de vendas. Por outro lado, argumentavam que em