Marcel Mauss - Resumo
A questão colocada na época do renascimento era saber se os que acabaram de serem descobertos eram, ou não humanos. Esboça-se duas ideologias: recusa pelo
Estrangeiro: pela boa consciência de si e de sua sociedade
Fascinação pelo estrangeiro: pela má consciência de si e de sua sociedade
A FIGURA DO MAU SELVAGEM E DO BOM CIVILIZADO
Diversidade era entendida como uma aberração. Uso dos termos Bárbaro, Natural e selvagens, primitivos e por fim subdesenvolvidos isso expulsava de nossa natureza todos aqueles que não participavam da nossa cultura. O selvagem era exatamente o inverso do civilizado.
Critérios utilizados a partir do séc. XIV:
A aparência física: estão nus, ‘peles de animais’.
Comportamentos alimentares: comem carne crua.
A Inteligência: eles falam uma língua ininteligível...
A FIGURA DO BOM SELVAGEM E DO MAU CIVILIZADO
A Figura do BOM selvagem e do MAU civilizado. O bom selvagem ‘nascerá’ no rousseauísmo do séc. XVIII.
Aqui inverte-se os valores. Critica à civilização e elogio a “ingenuidade”. Diz Lery que nós os superamos em babárie. Depois esse fascínio passa-se ao idílico. Malinowski diz que o estudo das formas primitivas seria nosso refúgio, uma fuga da nossa cultura uniformizada.
O SÉCULO XVIII
A evidência do cogito, fundador da ordem do pensamento clássico, exclui da razão o louco, a criança, o selvagem, enquanto figuras da anormalidade. Será preciso esperar o século XVIII para que se constitua o projeto de fundar uma ciência do homem, isto é, de um saber não mais exclusivamente especulativo, e sim positivo sobre o homem. O projeto antropológico (e não a realização da antropologia como a entendemos hoje) supõe:
1. A construção de um certo número de conceitos, começando pelo próprio conceito de homem, não apenas enquanto sujeito, mas enquanto objeto do saber.
2. A constituição de um saber que não seja apenas de reflexão, e sim de observação. Assim começa a constituição dessa positividade de um saber