Maquiavel

682 palavras 3 páginas
O livro, que assume a forma de um manual do bom governante, se inicia como uma classificação dos tipos de governo e da melhor maneira de conquistá-los. Aí, o autor já apresenta o seu argumento com uma grande amostra de exemplos de governos, citando desde romanos até os gregos e os próprios italianos. Maquiavel mostra assim uma de suas mais singulares características: a preocupação pela história e, de certo modo, pelo empirismo.
Uma parte importante do seu raciocínio é a retomada ao final do livro, que se refere a dois conceitos chaves: a virtù e a fortuna. Segundo ele, a transformação de um homem em um príncipe se daria por duas formas, pelos seus méritos próprios ou pela sorte. Conquistar um principado por méritos próprios seria mais difícil, mas seria mais fácil manutenção do poder. O contrário aconteceria com aqueles homens que o fizessem através da fortuna ou do mérito alheio.
O autor, contrariando a mentalidade típica de sua época, elabora a imagem do homem que não está sob o jugo da divindade, mas que é sujeito da história. Dessa forma, faz uma retomada aos clássicos, movimento característico do humanismo, e resgata a figura da fortuna como uma deusa aliada daqueles de virilidade suficiente para conquistá-la.
Outro capítulo interessante é aquele que se intitula: “daqueles que se fizeram príncipes mercê de suas atrocidades”. Afim de melhor explicar seu raciocínio, o italiano dará o exemplo de Agatócles, que, por meio de inumeráveis crueldades, se fez respeitado. Para Maquiavel, o uso da virtù não nos permite inferiorizá-lo com relação a nenhum outro capitão, e, no entanto, a sua desumanidade e a falta de características virtuosas não fazem com que possamos classificá-lo como glorioso. Ainda assim, o autor caracterizará duas formas de crueldade: as proveitosas, das quais se faz uso uma única vez por motivos de segurança, e as contraproducentes, utilizadas de forma indiscriminada e suscetíveis.
O italiano preconizaria um príncipe que tivesse como única

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