GUERRA FRIA

GUERRA FRIA: DA BIPOLARIDADE À HEGEMONIA DOS EUA
1. A DIVISÃO DA EUROPA
A vitória na 2ª GM conferiu a EUA e URSS o status de potências. As relações entre os Aliados ocidentais e a URSS, tão bem estruturadas durante os combates, ao fim da 2ª GM passaram à quase beligerância. O primeiro desentendimento se deu por ocasião da divisão da Europa no pós-guerra. Enquanto EUA, França e Grã-Bretanha desejavam uma corrente de democracias livres, a URSS, temerosa de sofrer forte influência ocidental, pretendia controlar os países vizinhos, a fim de garantir sua própria segurança.
Logo surgiu a “Cortina de Ferro”, termo cunhado pelo ex-primeiro-ministro inglês Winston Churchill, que serviu para definir a queda dos países da Europa Oriental sob a influência soviética, com golpes de Estado que os subverteram ao comunismo.
Os EUA, desejando consolidar sua liderança, buscaram formas de atrair as nações europeias para o seu lado. A primeira forma de fazê-lo foi com o Plano Marshall, no qual bilhões de dólares foram despejados na Europa, a fim de financiar a reconstrução das nações devastadas, cujas populações sofriam com a falta de materiais básicos. Ressalta-se que, ainda durante a guerra, as nações aliadas se reuniram em Bretton Woods (EUA), para definir o futuro da economia mundial no pós-guerra e haviam definido que o dólar passaria a ser a moeda mundial, bem como seriam criadas duas instituições que serviriam como braços operacionais do Plano Marshall: o Fundo Monetário Internacional (FMI), e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), que viria a se tornar parte do Banco Mundial, fundado em 1945.
O Plano Marshall ajudou as economias europeias a recuperarem o ritmo enquanto, politicamente, os EUA propuseram a formação de uma aliança militar para defesa em 1949: a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que visava, além de legitimar a presença militar americana na Europa, criar uma rede de defesa contínua contra a ameaça representada pelo bloco