Maestria pessoal

A maestria pessoal, segundo Senge, é a base espiritual da aprendizagem organizacional. Ela pressupõe a liberdade para as pessoas identificarem aquilo que é realmente importante para elas e, a partir daí, firmarem um compromisso com os objetivos organizacionais.
Os indivíduos possuem diferentes necessidades de aprendizado e, por isso, a aprendizagem será mais efetiva se as pessoas tiverem autonomia para definir seus próprios objetivos.
Maestria Pessoal é a disciplina por meio da qual o indivíduo busca constantemente esclarecimento e aprofundamento da visão que tem de si próprio. Engloba a importância da aprendizagem individual e sua conexão com a aprendizagem organizacional, isto é, o compromisso recíproco entre o indivíduo e a organização. Pode ser estimulada pelo ambiente organizacional, porém surge da motivação própria e da atitude criativa de cada um. Mostra-se através da articulação entre a visão pessoal em relação à realidade e o comprometimento com a obtenção de resultados afinados com essa visão.
A prática da maestria pessoal gera um sentimento de satisfação que renova as energias e reforça a confiança na capacidade de realizar a visão pessoal e coletiva, aumentando a compreensão das tensões criativas, a acertividade das escolhas e o sentimento de realização individual e compartilhado.
Essa disciplina representa uma transformação fundamental nas formas tradicionais de organização, as quais buscam exatamente o contrário, isto é, a submissão inquestionável dos objetivos individuais àqueles definidos pela organização, o que acaba alimentando um processo de alienação da pessoa. Uma pessoa está alienada quando seus próprios atos se convertem, para ela, em uma força estranha, situada acima e contra ela, em vez de governada por ela. O processo de alienação representa, justamente, o contrário do que se objetiva hoje: propiciar a formação de uma consciência crítica e reflexiva, permitindo às pessoas a efetiva liberdade de pensamento e de ação, assim como de