literatura

1. Quando surgiu o modo de produção capitalista? E o que caracteriza esta forma histórica de relações sociais de produção?

O modo de produção capitalista (MPC), que sucedeu, no Ocidente, ao modo de produção feudal, é hoje dominante em escala mundial. Desde a sua consolidação, na passagem do século XVIII ao XIX, ele experimentou uma complexa evolução e se, durante cerca de setenta anos, no decurso do século XX, teve a ocorrência de experiências de caráter socialista, atualmente não se confronta com nenhum desafio externo à sua própria dinâmica: impera na economia das sociedades mais desenvolvidas (centrais) e vigora na economia das sociedades menos desenvolvidas (periféricas), nas quais, por vezes, subordina modos de produção precedentes. Para dizê-lo em poucas palavras, na entrada do século XXI, o MPC é dominante em todos os quadrantes do mundo, configurando-se como um sistema planetário.

2. M-D-M é a fórmula de circulação simples de mercadoria, ou seja, o comércio. O produtor direto de uma mercadoria vende seu produto no mercado, recebendo dinheiro por ela (M-D), com o dinheiro vai mais uma vez ao mercado comprar outras mercadorias que necessita para sanar suas necessidades (D-M). Na produção capitalista temos a fórmula D-M-D’. O que caracteriza cada parte desta relação? O que essencialmente a difere da forma simples de circulação de mercadorias?

A diferença essencial entre a circulação mercantil simples e a circulação mercantil capitalista sinaliza, além de vários outros traços pertinentes ao movimento do capital, o sentido específico da ação do capitalista – à diferença do produtor mercantil simples, que tem no dinheiro um mero meio de troca e cujo objetivo é a aquisição das mercadorias de que carece e que, portanto, vende para comprar, o capitalista compra para vender, isto é, o que ele visa com a produção de mercadorias é obter mais dinheiro. A fórmula D → M → D’ exprime o movimento do capital: o ponto de partida é o dinheiro e o ponto de chegada é