Literatura Barroca em Recife
O frontão é progressivamente substituído por um jogo de volutas cada vez mais altas, gerando frontispícios esguios (Carmo do Recife, Rosário dos Pretos do Recife, São Pedro dos Clérigos) ou as formas características da arquitetura franciscana, com frontispícios movimentados.
Podem ser citados os trabalhos em cantaria do Recife (São Pedro dos Clérigos, Carmo, Rosário dos Pretos, Santo Antônio do convento franciscano e a matriz de Santo Antônio), que se situam entre as melhores obras de referência encontradas na região. A talha atinge seu auge na capela-mor do Carmo do Recife, em São Bento de Olinda e em São Pedro dos Clérigos. Datada de 1767, a fachada da igreja do convento do Carmo, situada no centro histórico de Recife, é a mais original. Em solução sem precedentes na arquitetura da região, a projeção vertical do frontão é dramaticamente enfatizada pelo movimento ascendente em curvas reversas da parte central da cornija. À esquerda da igreja, a capela da Ordem Terceira também apresenta um inusitado desenho de frontão – em linhas sinuosas bem mais leves, lembrando soluções ornamentais do mobiliário civil da época.
Um dos melhores conjuntos de azulejos conservados é o que reveste a seção inferior das paredes da capela de Nossa Senhora da Conceição da Jaqueira, na periferia de Recife. Na igreja do Rosário dos Pretos, no Recife, há uma bela pintura deste tipo, do qual se conservam poucos exemplares em Pernambuco, tanto pela falta de conservação adequada quanto pelas remodelações efetuadas no decorrer do século XIX.
Sepúlveda, S. Pedro pontífice, S.