LINHARES

LINHARES, Temístocles história Crítica do Romance Brasileiro. Belo Horizonte, Itatiaia: São Paulo. Ed. Da Universidade de São Paulo, 1987.
O texto “Em face de dois mistérios: a Amazônia e o homem”. Trata-se da relação entre vários textos descritos dentro do cenário Amazônico, e apresentam os perigos de uma selva, a luta pela sobrevivência de milhares de homens que sonhavam com a riqueza, mostra a descrição minuciosa da exuberância de uma fauna e de uma flora que atraíram o desejo e o fascínio de vários escritores de uma época, que mesmo contendo algumas falhas na forma de suas composições, contribuíram significativamente para que hoje se possa perceber como esses romances são necessários para o acervo literário da região Norte.
Dentre os romances abordados por Linhares, destacam-se as obras de Inglês de Sousa com O calculista publicado em 1876, O coronel Sangrado de 1877, através delas o autor é quem inicia o Naturalismo, portanto, alguns anos antes de “O Mulato de Aluízio de Azevedo”. Rodolfo Teófilo, em sua obra “O paroara”, publicado em 1899 vem tratar de várias mazelas a respeito do nordestino num cenário de seca de escravidão como seringueiros na imensidão da selva. Linhares (1987) também ressalta a obra Macunaíma que traz em seu enredo a riqueza da Amazônia e a exuberância dessa floresta. Ao tratar dos romances de Inglês de Sousa, Linhares destaca os pontos significativos da obra em que há um cenário de uma floresta como dominadora, mas nesta são descritos detalhes da convivência com a imundice, a podridão de insetos, as águas fedidas, etc. Ferreira de Castro tem publicado a “Selva”, em 1930, após a experiência do autor no seringal, vivência que ele utilizou para criar seu romance, apresentando os conflitos dos trabalhos dos seringueiros, tema ao qual se tornou defensor. Em 1992, o cearense Carlos de Vasconcelos, pública romances da Amazônia, relatando as questões das mazelas do imigrante nordestino. Descreveu esses homens como sofredores e miseráveis, mas