Kibon

1.1 Histórico da empresa

Em 1938, em Xangai (China), uma empresa produtora de doces, a Hazelwood Ice Cream Company, entrou em declínio durante uma guerra travada entre China e Japão. Responsável pela empresa, o norte-americano Ulysses Severin Harkson solicitou ao gerente comercial da época, John Kent Lutey, que outro país fosse analisado e escolhido para implantação e reformulação da fábrica.

Devido ao clima favorável ao consumo dos produtos, Lutey encontrou no Brasil a oportunidade que procuravam. Foi então que a Hazelwood Ice Cream Company adquiriu uma pequena e falida fábrica de sorvetes no país, chamada Gato Preto e localizada no Rio de Janeiro.

Mesmo com o decorrer da Segunda Guerra Mundial (responsável por racionamentos alimentícios que limitavam o acesso a matéria prima para a produção em larga escala de alguns alimentos e dificultava a importação de máquinas adequadas a produção de sorvete), após um longo período de reformas finalizado em 1941, no dia 24 de julho, foi oficialmente fundada a primeira indústria brasileira de sorvetes: a SORVEX KIBON.

Os sorvetes logo fizeram sucesso, gerando lucro e recordes de venda - como três milhões de picolés vendidos em um fim de semana -, e em 1942 os primeiros carrinhos de venda começaram a circular no Rio de Janeiro. Ás cores amarelo e azul, herança dos tempos em Xangai, acrescentou-se o nome Sorvex Kibon, e os dois primeiros lançamentos se converteriam em clássicos: Eskibon e Chicabon.

Com o sucesso da marca e crescimento da demanda os primeiros “tijolos” de sorvete surgiram, dotados de sabores que tornaram-se clássicos, como morango e chocolate. Neste mesmo período o nome Kibon passou a ser gravado nos palitos dos picolés comercializados. E em 1951 o nome Kibon passou a ser uma marca reconhecida, chegando a participar e patrocinar programas de televisão como “Sítio do Pica-Pau Amarelo”. A menção ao nome da marca durante o programa se configura como uma das primeiras experiências de merchandising