Kaspar Hauser
De acordo com essa teoria Aristotélica, a relação entre os signos e a mente, está totalmente ligada. Discute a questão do significado da palavra, sua natureza e estrutura de sua proposição, e da relação entre a proposição e o real.
Texto:
Levando em consideração a teoria Aristotélica, podemos analisar que em “O Enigma de Kaspar Hauser”, a linguagem não possui um significado para o personagem principal enquanto ele está isolado. Simplesmente porque há uma necessidade de um maior entendimento da realidade que se passa “fora do mundo em que vive”, para que ele possa associar com o que se passa em sua mente, e assim, entender os símbolos e signos, ao contrário das outras pessoas que vivem a realidade, pensam, e assim se expressam através da linguagem.
Quando o homem que cuida de Kaspar o induz a tentar escrever, ele não entende o porquê daquilo, não tem um significado para ele. De acordo com a teoria Aristotélica, para que o ato de escrever significasse para ele, seria necessário que ele associasse a um conceito em sua mente e como ele não tinha nenhuma experiência com a realidade, ele não possuía conteúdo cognitivo e não conseguia se expressar através da linguagem. Porém, Kaspar tinha um cavalo de brinquedo, e o homem lhe ensinou a falar a palavra cavalo, percebe-se que o mínimo contato com a “realidade” o fez associar o símbolo ao signo.
Assim como, na cena em que aproximam a vela de seu corpo, Kaspar não tinha contato com a realidade exterior para saber que todos que sentiam dor se expressavam através dos signos, ele sentia dor, porém a expressava de outra forma (chorando), logo, ele não adquiriu esse “conhecimento” linguístico através do processo de socialização do indivíduo.
Quando Kaspar foi solto do isolamento, ele não conseguia andar, por não saber que isso era um processo natural que é aprendido pela nossa mente através da