JOS BOLA NO P

JOSÉ BOLA NO PÉ José, rapaz franzino, pernas tortas, desde garotinho vivia com uma bola de futebol nos pés, quebrando vidraças na vizinhança. Agora, com trinta anos de idade, continua jogando no time profissional da cidade. Faz a alegria dos torcedores, que aos domingos, vão ao estádio para prestigiar seus dribles, seus gols. Mas sua paixão, que é jogar futebol, quase terminou por causa de um acidente automobilístico que sofreu dez anos atrás. José quebrou a perna direita em três lugares, precisou fazer uma cirurgia muito delicada, que colocaria em risco sua paixão. Feita a cirurgia, José ficou algum tempo sem poder pisar no chão. Sofria muito com as dores que eram constantes. Muitos diziam que ele não voltaria a jogar. Com o passar do tempo, José, que sempre foi muito determinado no que faz, não desistiu de sua carreira, e com várias sessões de fisioterapia e muita força de vontade, já dava seus primeiros piques em volta do campo. Depois de um ano de treinos e dedicação, recuperou seu lugar na equipe e até hoje é um dos destaques. José ainda espera brilhar na nossa seleção. Mas é uma pena que os técnicos da seleção, que dizem entender muito de futebol, não olham para José e sua habilidade e não lhe dão uma oportunidade. E José continua brilhando no time da cidade com jeito de moleque e a alegria de sempre.

Explicação

“... continua jogando no time profissional da cidade.”
“continua brilhando no time da cidade...”. Nos exemplos acima existe permanência de estado, pressupondo que José já jogava e já brilhava no time da cidade.
“... que colocaria em risco sua paixão.”
“Mas é uma pena que os técnicos da seleção, que dizem entender muito de futebol, não olham para José...”. No primeiro exemplo acima fica subentendido que “sua paixão” é o futebol. No segundo exemplo fica subentendido uma crítica ao atual técnico da seleção.