Jean Dominique Bauby

Texto sobre o filme: O escafandro e a Borboleta

Após um acidente cardiovascular cerebral (AVC) que o deixou em coma por cerca de três semanas e resultou na locked-in syndrome, Jean-Dominique ficou limitado de mover qualquer parte do seu corpo, não conseguir falar, não conseguia se comunicar, como ele mesmo descreveu era uma sensação de estar dentro de um escafandro. Uma deficiência complicada para quem tinha uma vida movimentada já que era redator chefe da revista Elle. Jean-Dominique aos poucos foi se aprendendo a lhe dar com a deficiência adquirida.
Com o passar do tempo, Jean-Dominique com ajuda de uma fonoaudióloga desenvolveu uma técnica para se comunicar com as pessoas, a técnica se desenvolvia de uma maneira interessante, porém complicada. A fonoaudióloga recitava o alfabeto na ordem de frequência da língua francesa e Jean-Dominique piscava quando queria uma letra. Era um processo lento, árduo, mas essa era a única maneira que Jean-Dominique conseguia se comunicar com as pessoas, e ate sair um pouco do escafandro, já que ele mesmo resumia que estava vivendo dentro de um escafandro. Com esse meio de comunicação, Jean-Dominque conseguiu escrever um livro, com ajuda de uma assistente.
Mesmo estando limitado, porém, rodeado de apoio, Jean-Dominique não escapou do preconceito. Uns entregadores que foram ate o quarto dele sem autorização viram a situação em que ele estava, e zombaram. Hoje em dia é comum ver pessoas, com esses tipos de atitudes, pessoas essas que não deveriam estar convivendo no meio da sociedade. Preconceito esse que começa desde quando estaciona rente a rampa de acesso a pessoas de cadeira de rodas, ate quando apontam e zombam de pessoas com qualquer tipo de deficiência.