INVISIBILIDADE SOCIAL Vítimas de processo sociais, políticos e econômicos excludentes, a população que habita as ruas das cidades, tornaram-se invisíveis para a sociedade, reiterando um gesto de extrema exclusão social. Para as pessoas que sofrem com esse fenômeno, o sentimento que se sobressai nessa minoria agredida é de um constante e latente desprezo, intenso sentimento de desrespeito, antipatia, implicando em um sentimento de superioridade, insensibilidade por parte da maioria burguesa. Esses seres considerados indignos, não merecedores de atenção, seu sofrimento é ignorado, ele próprio não se vê como pessoa, se apropria dessa quase-existência como modo de se relacionar com o mundo, pois não se atem à singularidade do seu “EU”, ignora-se seu nome, seu “socorro” por ajuda, sua história de vida, sua personalidade individual, tornando-o um mero ser socialmente invisível. Silva (2006) enumera várias espécies de fatores motivadores da existência de pessoas em situação de rua, tais como fatores estruturais (ausência de moradia, inexistência de trabalho e renda, mudanças econômicas e institucionais de forte impacto social etc.), fatores biográficos (alcoolismo, drogadição, rompimentos dos vínculos familiares, doenças mentais, perda de todos os bens, etc. além de desastres de massa e/ou naturais (enchentes, incêndios, terremoto, etc.). O olhar atento sobre a realidade desses sujeitos vítimas da invisibilidade social, seja por preconceito ou indiferença, permite concluir que essas pessoas que vivem em situação de rua além de sofrer todas as formas de violação de seus direitos humanos, utilizando-se de diferentes estratégias para sobrevivência, são seres que carregam várias consequências - depressão, doenças psíquicas, distúrbios e bullying, através de atitudes ameaçadoras, agressões físicas ou verbais - de interesse da Psicologia Social, e da sociedade como um todo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, Maria Lucia Lopes. Mudanças recentes