Invisibilidade social
“Cortina transparente que todo mundo vê e finge que não existe”.
UM PSICOLOGO VIRA GARI
Pesquisa realizada pelo então psicólogo DR. Fernando Braga da Costa, cujo trabalho inicial era comprovar a humilhação e desprezo que os profissionais de áreas menosprezadas pela sociedade sofrem, contudo não imaginava o impacto que isso traria na sua pesquisa, trazendo à tona a questão da invisibilidade social, que aqui a chamo de cortina transparente, agente vê, mas prefere fingir que não aparece.
A pesquisa surtiu efeitos tanto no trabalho desenvolvido como em sua posição perante os “excluídos” e a sensação do sofrer na pele a realidade do outro. Fernando deixa claro nessa entrevista que o objetivo não é dizer do valor em si da profissão de gari, mas chamar a atenção das pessoas para perceberem que existe alguém ali, alguém que preferimos não mencionar nas nossas filosofias de em como a sociedade está e em como ela poderia ficar, mas em como de fato a enxergamos. Dentro do contexto sócio político econômico e cultural qual estamos inseridos e na valorização que recebemos enquanto trabalhadores ativos que sustentam a engrenagem do sistema vigente e os impostos que todos pagam pela garantia dos serviços prestados.
Ser ou não ser gari não cogita no sentido de profissão, mas no que ela surte na vida social. Evidenciamos a todo tempo o status social como sinônimo de valor, cargos como de garantia de benefícios e troca de favores. Onde nós enquanto profissionais retratamos o valor de cada um, na diferenciação de cargos, remuneração, prestigio e competência, denotando que essa ou aquela profissão tem maior estima, quando na verdade nem sempre a escolaridade ou a experiência exerce maior influência na escolha, mas a posição que certa pessoa ocupa na sociedade, percebemos bem isso pelos cargos políticos, religiosos e tantas outras posições ocupadas e representadas socialmente, um exemplo disso é a fama repentina, que num momento