Infanticídio indígena

Este trabalho surgiu da necessidade de conhecer e denunciar um pouco mais os rituais indígenas das tribos brasileiras que ainda praticam o infanticídio, bem como explorar os motivos que os levam a cometerem tais atos, e principalmente perceber o olhar que a FUNAI e o Estado utilizam diante desta prática considerada por muitos como insana.

Este vem apresentar a prática do infanticídio nas tribos indígenas brasileiras, bem como a ação da FUNAI e do Estado frente a este ato, e como pensam as demais tribos sobre este ritual que extermina seres indefesos.

Foi de fundamental importância que se realizasse uma pesquisa (não tão profunda como a desejada), mas suficiente para demonstrar que esta ação já é bastante antiga e praticada desde os primórdios da história da humanidade. Estudos mostram que o infanticídio já foi considerado normal durante o Império romano e só passou a ser visto como crime após a difusão do cristianismo, mas em algumas culturas ocidentais ainda se praticam esta ação, assim como aproximadamente treze tribos indígenas brasileiras, pelas quais centenas de crianças são rejeitadas e enterradas vivas no Brasil todos os anos. Os motivos desta execução são os mais diversos desde alguma deficiência física ou mental, por serem gêmeas ou até mesmo filho de mãe solteira.

Uma carta de Anchieta, datada de 1560, há comentários sobre o comportamento dos atos de alguns ameríndios, comprovam que esta prática é bem remota. Nas palavras do padre: “Se acaso fosse a criança defeituosa era rapidamente eliminada (...) que assim fazem a todos os que nascem com alguma falta ou deformação, e por isso mui raramente se acha algum coxo, torto ou mudo nesta nação (Badinter 1985: 28)”.

Na Roma antiga contavam, por meio do pater poder, que o pai possuía sobre os filhos o jus vitae et necis em sua acepção mais radical: o controle sobre a vida de seus filhos homens e, portanto, com autoridade de morte. Após o parto, somente quando o bebê fosse retirado do chão pelo