Hipótese da agenda setting

A HIPÓTESE DA AGENDA SETTING APLICADA A UM TEXTO JORNALÍSTICO.

O texto escolhido foi retirado do site de notícias Midiamax em 27/11/12. Trata-se de uma denúncia de nepotismo, apresentada por um professor concursado da rede municipal de ensino da capital. Segundo ele, ao perceber que seu colega de trabalho, só teria sido contratado pela diretora por ser filho dela, denunciou o caso inicialmente na Escola Municipal Dr. Plinio Barbosa Mendes, onde aconteceu o fato, e depois na Semed (Secretaria Municipal de Educação), mas com a demissão do colega, afirma ter sido coagido e expulso do seu local de trabalho.
Apesar da matéria não conter informações aprofundadas sobre o caso, como por exemplo, falta de informação por parte dos acusados, achei o tema interessante e com base para análise.
O referencial teórico da segunda fase das teorias da comunicação de massa que será tratado a partir daqui é o Agenda Setting. Ele sustenta que,

em consequência da ação dos jornais, da televisão e dos outros meios de informação, o público é ciente ou ignora, dá atenção ou descuida, enfatiza ou negligencia elementos específicos dos cenários públicos. As pessoas tendem a incluir ou excluir dos próprios conhecimentos o que a mídia inclui ou exclui do próprio conteúdo. Além disso, o publico tende a conferir ao que ele inclui uma importância que reflete de perto a ênfase atribuída pelos meios de comunicação de massa aos acontecimentos, aos problemas, às pessoas (Shaw, 1979, p. 96 ).

Lembrando que a hipótese da agenda setting não atribui uma persuasão por parte da mídia, mas que apesar disso, a compreensão das pessoas pode ser modificada pelos meios de comunicação. É possível perceber que esta notícia, apresentando apenas um lado dos fatos, e envolvendo ainda, no primeiro parágrafo, uma referência direta com os crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e nepotismo, tratados na condenação dos envolvidos na CPI do mensalão, são crimes com atual repercussão