Hiperglobalistas

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Hiperglobalistas - Céticos -Transformacionistas Para os autores comumente classificados como representantes de uma corrente hiperglobalista, (Ohmae, 1990; Edwards - apud Araújo: 2001;), a globalização é algo novo e potencialmente revolucionário, pois a partir da crescente influência exercida pelas empresas multinacionais e pelos mercados cada vez mais integrados, diferentes países estariam sendo levados a se adequarem a um padrão mundial de produção e gestão da política econômica. Tal processo conduziria a uma homogeneização dos modos de produção e condução macroeconômica no mundo, condicionados pelas práticas fomentadas pelas empresas com unidades produtivas em diferentes partes do globo e pelo surgimento de um mercado global, bem como pela pressão exercida pelos capitais em nome da rentabilidade. Neste cenário, os Estados nacionais perderiam poder, ao serem submetidos a uma lógica dissociada do caráter nacional, cuja origem está em empresas e detentores de grandes capitais atuantes em âmbito global. A competitividade surge aqui como condição necessária para a atração dos investimentos provenientes de empresas multinacionais, algo que supera em muito a noção de competitividade associada aos produtos exportados por este ou por aquele país. Assim, a globalização é apresentada pelos autores da corrente “hiperglobalista” como um processo que afeta os países, mas cuja lógica não obedece aos interesses destes. Entre os autores desta corrente, podem ser identificados os que são otimistas em relação ao fenômeno (neoliberais) e os que o vêm de forma negativa – marxistas como David Held (2000 – apud Araújo, 2001)
– mas reconhecendo-o como uma força capaz de tornar inócuas as políticas sociais tradicionais, de caráter local. Outros, como Manuel Castels (1999) , são mais moderados, mas reconhecem na globalização uma “nova realidade histórica”, na qual predomina “uma economia capaz de operar como uma unidade em tempo real em escala planetária”.
Tal concepção é

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