Hidratos
Um dos maiores inimigos da exploração do petróleo no fundo do mar, são os compostos conhecidos como hidratos, que entopem os dutos que transportam o óleo do poço até a superfície. Esses compostos se formam em condições comuns nas linhas submarinas de transmissão de petróleo: sob baixa temperatura e pressão elevada e na presença de água e gás natural.
Na verdade, os hidratos nada mais são do que moléculas de água que, ao mudar para a fase sólida, 'aprisionam' moléculas de gás natural. Eles formam blocos de gelo que bloqueiam os dutos, causando prejuízos da ordem de centenas de milhares de dólares.
A principal causa do problema da formação de hidratos é a água livre. O problema se torna crônico à partir do momento em que o gás atinge temperaturas baixas no leito marinho.
Remoção de hidratos
Os principais métodos são:
Descompressão: Bastante utilizada para decompor um hidrato formado e baseia-se no abaixamento da pressão ate atingir valores inferiores a pressão de formação do mesmo. Apesar deste procedimento, sempre ficam pequenos cristais remanescentes no sistema, pois esta decomposição se processa lentamente.
Aquecimento: Normalmente se utiliza gás quente próximo do local obstruído, ao mesmo tempo em que se reduz a pressão do sistema. Não é viável em plataformas marinhas.
Injeção de inibidores de hidratos: O inibidor de hidrato mais comum é o álcool etílico, que não remove a água e sim diminui a temperatura em que o hidrato se forma.
Hidratos como fonte de energia
Hidrato de gás, ou clatrato é um sólido cristalino sendo composto de água e gases de peso molecular pequeno. Os hidratos de metano são abundantes em sedimentos submarinhos nas margens continentais. A distribuição dos clatratos pode ser mapeada através de perfilagem sísmica, perfis de poço, e amostragem geoquímica. A quantidade estimada de hidratos de gás submarino no mundo equivale aproximadamente a duas vezes o total de todos os recursos convencionais de óleo e