Hebreus, fenicios e persas

Economia dos hebreus
Os israelitas, ao chegarem à Terra Prometida, eram pastores nômades que, passando a uma vida sedentária, adaptaram-se, em breve, às fainas agrícolas. Durante muitos séculos, o camponês israelita cultivou a sua terra plantando cereais e árvores frutíferas e pastoreou seus rebanhos. Note-se, entretanto, que, embora as atividades rurais constituíssem a base da economia da Palestina, a indústria também conheceu um certo desenvolvimento. Uma descoberta arqueológica recente lança um pouco de luz nova sobre a vida industrial em Israel na época de Salomão: descobriram-se em Eziongeber, no litoral do Mar Vermelho, minas e oficinas de refinamento do cobre, que provam um estado de conhecimento e uma técnica muito avançados. As condições extremamente difíceis em que o trabalho devia ser executado deixam supor que o mesmo era confiado a escravos ou a prisioneiros de guerra.
No reinado de Davi e, sobretudo, no de Salomão, o comércio atingiu um grande desenvolvimento. A situação geográfica, aliás, favorecia esse desenvolvimento pois, na Síria e na Palestina, formavam verdadeira encruzilhada as rotas comerciais da Mesopotâmia, do Egito, do Mar Vermelho e do deserto.
Salomão encontrou nos fenícios preciosos auxiliares e sócios de suas empresas comerciais. Do país de Ofir (talvez o litoral da Somália) eram trazidos diversos produtos como ouro, prata, marfim, madeiras de sândalo, pedras preciosas, etc... Lemos no livro dos Reis (3 Reis 9,28), que uma frota trouxe 42O talentos de ouro. Igualmente o livro dos Reis nos dá noticia sobre o comércio de carros e de cavalos praticado pelos negociantes de Salomão. Tratava-se praticamente de um monopólio, os hebreus controlavam as rotas pelas quais os egípcios e os sírios trocavam os animais e este material. As grandes estrebarias reais descobertas em Meggido confirmam o interesse de Salomão por esse gênero de comércio.

Economia dos hebreus A vida socioeconômica dos hebreus pode ser dividida em duas fases: a